A única verdade que me compõe é o Tempo
e nele confio todas as minhas forças.
e nele confio todas as minhas forças.
Como se eu quase compreendesse
as vertentes do Universo.
As três dimensões do agora
são minha compreensão
e eu designo meu amor verdadeiro
à Natureza.
Quando olho para o Céu,
encerro em mim prisões
e firmezas.
Há muito atento
às revelações do etéreo.
Jaz em mim o refúgio,
a atroz fatalidade.
Amo a vida,
amo as cicatrizes
no meu corpo temporárias.
Beijo-as em gentilezas,
não mais cruel comigo,
resido na própria tranquilidade
do tempo presente.
Nada é mais certo e secular.
Minhas múltiplas variações
dedicam-se ao atino
da consciência viva.
Meu corpo morrerá,
mas devolvo todas
as energias ao entendimento,
estou pairada febril na atmosfera!
Repleta de agradecimentos,
habito meu gradual esmaecimento.
Morro devagar, mas perpétua sou.