quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

perco a batalha invisível

 


Perco a batalha invisível 
situada sob teu olhar 
a dúvida de teus gestos 
dilacera meus órgãos 
que sangram irregulares
multiplicados pelo meu corpo 
que está violentamente 
condenado pela tua presença
à um perpétuo desassossego

nada digo, nada de mim 
faço ser percebido por ti 
só, aguardo envergonhada
o dia em que tua boca afoita 
enfrentará minha gaguejada fala