Tornei-me templo esquecido
que sente dor e sofre escondido
abasteço-me do pouco que ainda me habita
do grande amor que em mim definha
Se me amas por que me feres?
vivendo de esperar
que de tanto tentar, desaparece
Paixão cruel que em mim perece
Constante inconstância, eternas dúvidas
Já não sou compreensão
tornei-me aquilo que mais temia
o desprezo de nossas vidas.